Hoje rolou um dia reservado para que as pessoas integrantes de organizações ou interessadas pudessem debater como é possível, de fora do governo, atuar pela agenda de governo aberto.
A primeira roda foi sobre a elitização do tema. Diferentes discussões foram trazidas ao centro do espaço: como conectar o nacional com o local, trazendo o tema para mais perto das pessoas? quais formações e diálogos podem aportar para o compartilhamento de conhecimentos? de que forma podemos superar o uso de termos técnicos que distanciam as pessoas? como pensar a participação se os períodos para elaboração de estratégias de governo aberto dentro da OGP (Open Government Partnership) são curtos (2 anos)?

Na sequência, tivemos a mesa de discussão sobre Restrições à liberdade da sociedade civil: como resistir? um aquário em que pessoas de diferentes países compartilharam seus casos e relatos.
No período da tarde, participamos de um momento especial, chamado “Mainstreaming Gender in Open Government” em que mulheres leram relatos de situações de violação e invisibilidade vividos no trabalho com o tema. Depois, outras mulheres e homens compartilharam seus relatos e visões sobre o tema, bem como as dificuldades da pauta de gênero dentro da agenda de governo aberto.
Por fim, o dia da sociedade civil acabou com um painel de representantes dos governos e da sociedade civil do Canadá, Indonésia e Colômbia. Todos os participantes falaram da relação entre governo e sociedade, seus pontos fortes e momentos de crise. Na série de perguntas, foram levantados casos em que a sociedade civil decidiu sair da OGP em protesto ao governo, como foi ocorreu no México e na Guatemala.
“A gente tem que mostrar que o governo aberto ajuda a resolver problemas locais dos governos, mais do que falar que é uma agenda global” Representante do governo da Indonésia
Nesse momento, as falas foram mais gerais e não abordaram a relação governo e sociedade sob um ponto de vista mais complexo — já que muitas vezes é conflituosa mesmo — , mas sim a partir de um olhar mais simplista, pedindo diálogo à sociedade.
A questão é: como dialogar com quem não acredita no diálogo?
E assim, cheio de reflexões sobre o assunto, finalizamos o segundo dia do OGP Global Summit.